As informações e rapidez das redes sociais deram inicio a um novo fenômeno chamado Fake News. É claro que as notícias falsas sempre existiram, mas as novas formas de comunicação deram uma outra ênfase para essas notícias. A própria formatação dessas notícias já levanta um indício sobre sua veracidade informativa, títulos chamativos, linguagens com tons sensacionalistas e informações sem os devidos créditos da fonte. Detalhes que levantam suspeitas quando apresentados dentro de uma construção textual repassada nas redes sociais.
As descentralizações dos polos de distribuição e produção de conteúdos geram um fluxo de informações que em muitos casos são formuladas sem o devido cuidado com a verificação. Essa descentralização é um ponto positivo, se analisado a importância da construção de narrativas opostas que discutam temáticas que muitas vezes não são abordadas nos veículos de informação de grande porte por conta de linhas editoriais ou por conta do próprio formato do veículo.
É preciso se atentar para responsabilidade social que as pessoas têm sobre a notícia, compartilhar uma notícia sem verificar pode causar vários problemas, tanto psicológicos (no caso de envolvimento ou boato sobre algum indivíduo) e também podem gerar problemas perante a justiça. Segundo o artigo 138 sobre calúnia do código penal prevê pena de detenção de seis meses a dois anos, e multa, a pena também se aplica nos crimes de âmbito virtual, ou seja, compartilhar textos ou fotos que veicule imagens falsas a respeito de um indivíduo ou instituição se enquadram como crime.
Embora esse fenômeno já tenha se estabelecido, não existe uma educação tecnológica que oriente e conduza corretamente o comportamento das pessoas no ambiente virtual, o que causa uma certa sensação de liberdade e impunidade. Além desses detalhes podemos observar a diversidades de áreas que são alvos de notícias falsas, áreas da saúde com informações sobre falsos tratamentos ou prevenções um tanto quanto duvidosas, educação e política também são alvos de Fake News.
Estudiosos e profissionais que atuam estudando esse fenômeno da Fake News argumentam que o principal impulso dessas noticia falsas são os fatores financeiros, pois essas informações falsas e tendenciosas atraem clicks o que gera e retorno financeiro.
DADOS
O equipamento mais usado para acessar à Internet no domicílio foi o celular (97,2%), presente em 46,7 milhões de domicílios, sendo o único meio utilizado para esse fim em 38,6% das residências com acesso. A facilidade do acesso e o dinamismo do aparelho contribuem bastante para a proliferação de informação e consequentemente desinformação. A configuração social da vida moderna faz com que em alguns casos as pessoas se informem somente através das redes sociais, a principal problemática sobre o tema.
FONTE IBGE
Apesar de parecer que é um assunto que já foi bastante debatido, campanhas tem retomado essas temáticas para alertar sobre os impactos a longo prazo dessas notícias falsas. No primeiro momento a intenção foi esclarecer sobre o que era o fenômeno, já que muitas pessoas mesmo tendo contato não sabiam identificar essas noticias falsas ou intencionalmente montadas para beneficiar alguma pessoa ou questão. Este segundo momento tem o intuito de reforçar sobre o papel das pessoas em filtrar as informações que recebem.
Como identificar fake News:
- A mensagem com tom apelativo, texto que explora bastante oralidade e tenta influenciar a divulgação.
- Se aproxima do texto jornalístico, mas não contém informações precisas como lugar ou data do acontecimento, não são atribuídos os nomes dos autores dos dados ou informação.
- Ortografia e concordância do texto, em muitos casos existem alguns erros que ajudam a identificar se a noticia é verdadeira ou falsa.
Por Joice Antero*
*Supervisionado