Sinterp-BA traz campanha contra o racismo e outras formas de preconceito
Todos têm direito à dignidade humana e ao respeito. Esse é um preceito básico da Constituição Brasileira que, infelizmente, nunca foi totalmente cumprido em nosso país. Presente desde o tortuoso passado escravocrata, o racismo no Brasil é tão forte que está entranhado nas estruturas sociais e, por vezes, passa despercebido. Por exemplo, em termos como “criado-mudo”, “ovelha negra”, “lista negra”, “da cor do pecado”. Expressões que remetem características negativas à cor e eram usadas como metáfora à cor da pele negra, como se fosse algo pejorativo.
Mesmo sendo crime, o racismo ainda é cotidiano. Está no olhar de quem esconde a bolsa ao passar por um adolescente negro na rua, ou do segurança que segue a mulher negra na loja, ou então o colega que fala mal do cabelo crespo da criança na escola. Não é só a mágoa do momento, a ferida aberta na hora. É uma ferida nunca cicatrizada de um passado que continua presente. Onde a condição humana: a dignidade e o respeito, é arrancada das pessoas de pele preta. Índole, dignidade, respeito têm a ver com educação e com caráter. Não podem ser atribuídos ao sexo, à aparência, muito menos à cor da pele de uma pessoa. A comunicação, que aos poucos quebra o racismo dentro das próprias empresas da área e ajuda a educar a sociedade, é um dos pilares fundamentais nesta luta. É incoerente olhar o outro e julgar pela cor da pele. Esta constante no nosso país nos apequena perante qualquer sociedade. Somos um Estado com população negra e que ainda tem uma dívida social gigantesca a ser paga.