O comportamento agressivo com a imprensa é um dos traços mais marcantes do presidente Jair Bolsonaro

 

O SINTERP-BA vem a público se solidarizar com as equipes de reportagem das emissoras TV Bahia e TV Aratu, agredidas pelos seguranças do presidente da república, Jair Bolsonaro, além de apoiadores, neste domingo (12). O caso aconteceu na cidade Itamaraju, no extremo Sul do estado. A imprensa cobria a visita presidencial técnica sobre as chuvas que trouxeram destruição para a Bahia. A situação foi relatada pelos principais veículos de imprensa do país. A repórter da afiliada da Globo, Camila Marinho, chegou a receber o golpe chamado de “Mata-Leão”por um dos seguranças e teve pertences arrancados.

Infelizmente, esta prática lamentável é recorrente por parte deste que é o maior representante público da nação. O comportamento agressivo, seja verbal ou físico, por parte da presidência e de sua equipe de seguranças e de apoiadores com a imprensa é o “novo normal”, desde 2018. Este é o reflexo dos valores antidemocráticos daquele que, ironicamente, foi democraticamente eleito. A maior parte das agressões é direcionada aos veículos que fazem oposição ao presidente, mas quando se sente ameaçado por ser questionado sobre suas recorrentes falas e atos polêmicos, todos são vítimas, independente do posicionamento editorial do veículo.

Ora, se a imprensa, que tem acesso às autoridades que cuidam do que é público no país, não pode questionar, quem vai? E quem vai fiscalizar aquilo que é feito com o que é do cidadão? A imprensa nada mais faz do que sua obrigação ao indagar, o que quer que seja, aos representantes públicos. O momento, a pergunta, não podem ser de escolha do político e sim quando necessário. O SINTERP-BA repudia veementemente qualquer tipo de censura ao trabalho essencial, inclusive assim definido por lei, de qualquer veículo de comunicação ou trabalhador da imprensa.

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